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Qual a relação entre o empréstimo compulsório de energia e o Sistema Integrado Nacional?

Na série “O que o empréstimo compulsório de energia financiou”, vamos explicar alguns dos principais conceitos e players envolvidos no sistema de energia do Brasil

Este é o primeiro artigo da série “O que o empréstimo compulsório de energia financiou?”. O propósito destes textos é explicar o funcionamento do sistema energético do Brasil a partir de seus principais players e entidades. E, no primeiro material a respeito deste tema, vamos focar no Sistema Integrado Nacional, o SIN.

Criado em 1998, o SIN conecta todas as usinas de energia do Brasil. Coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o SIN foi a estrutura de gestão desenvolvida para garantir o abastecimento de todo o país com segurança e eficiência, aproveitando os recursos do empréstimo compulsório de energia.

Portanto, é o SIN quem garante que a energia das usinas chegue aos pontos de consumo, sejam casas, comércios ou indústrias.  

As áreas que não são cobertas pelo SIN são chamadas de sistemas isolados, que representam cerca de 0,6% da carga do país. No total, cerca de 3,1 milhões de pessoas estão fora da plataforma, incluindo Boa Vista, a capital de Roraima e a ilha de Fernando de Noronha, segundo a Empresa de Pesquisa Energética.

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Como o SIN é estruturado?

O empréstimo compulsório de energia financiou uma grande estrutura de abastecimento: atualmente, são cerca de 180 mil quilômetros de linhas de transmissão interligadas, que devem chegar a quase 217 mil quilômetros em 2027. 

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, isso significa que cada região tem suas peculiaridades de produção e de distribuição. O objetivo do SIN é o de garantir a segurança energética e o abastecimento em todo o país ao menor custo possível.

Nesse contexto, o SIN é dividido em quatro subsistemas para otimizar a sua operação: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Cada um deles é planejado de forma a permitir a transferência de recursos, explorando a diversidade de modais do país.

Esta preocupação com a produção local visa a encontrar o modelo mais econômico e eficiente para cada região. O Nordeste, por exemplo, é reconhecido pela grande capacidade das usinas eólicas. Entretanto, este modal tem períodos de intermitência – ou seja, em que não há produção.

O papel do Sistema Interligado Nacional neste caso é o de assegurar o abastecimento a partir de outras fontes, especialmente as hidrelétricas e termelétricas, evitando apagões e desligamentos desnecessários.

Além disso, este controle permite gerenciar a diversidade hidrológica das bacias brasileiras. Se as bacias da região Sul estão mais elevadas, é possível utilizá-las em maior volume para a produção de energia, preservando outras localidades que possam estar em período de seca.

Planejamento e expansão

O SIN opera a partir de uma ferramenta de monitoramento da operação, controlando em tempo integral a geração e a transmissão de energia às demandas em tempo real. Isso garante um funcionamento estável e sem quedas.

Além disso, as informações coletadas pelo ONS via SIN têm um papel fundamental no planejamento da expansão energética do país. Esses dados auxiliam a projetar o custo e a eficiência de novas usinas, considerando as características da região, como clima e topografia.

Em 2024, segundo os dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o SIGA, a divisão dos modais do país está da seguinte maneira: 

Hidrelétricas: 109.863 mW (55%);

Térmicas a gás: 17.949 mW (9%);

Térmicas a combustíveis: 8.100 mW (4%);

Térmicas a carvão mineral: 3.460 mW (1,7%)

Eólicas: 29.066 mW (14%);

Solares: 11.700 MW (5%);

Nucleares: 1.990 MW (1%).

A implantação do SIN com o suporte de recursos do empréstimo compulsório de energia garantiu uma ferramenta crucial para assegurar o abastecimento energético de forma segura no Brasil, além de permitir o planejamento de sua expansão com inteligência e assertividade.

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